Em 2021, a Semana Mundial do Brincar acontecerá entre os dias 22 e 30 de maio, com o tema “Casinhas das infâncias”. Qualquer pessoa pode participar, criando e executando ações. Basta fazer, registrar a atividade e marcar nas redes sociais, com as hashtags #smb2021 e #semanadobrincarjundiai
É natural das infâncias imaginar novos mundos e criar beleza com o brincar, arrumar, enfeitar, colorir. Mas, neste momento de pandemia, a Aliança pela Infância entende como essencial fortalecer esse brincar infantil, especialmente a atividade lúdica que expressa as necessidades de proteção e acolhimento das crianças. Um exemplo desse tipo de brincadeira é o faz de conta das casinhas da infância – o castelo de areia, o esconde-esconde, a cabana de lençol, a casa na árvore – enfim, tudo o que pode acontecer nos diversos espaços em que as crianças se sentem livres para brincar.
Por isso, em 2021, a Semana Mundial do Brincar encontra na imagem do brincar de casinha uma referência para olhar essa imaginação do que pode vir a ser e que vai organizando o mundo. O brincar que tem acontecido prioritariamente em casa, mas que possui tantas configurações quanto existem realidades e infâncias diversas no nosso Brasil.
Em termos simbólicos, a casa é a fortaleza do humano. Todos nós precisamos de um teto em que possamos nos proteger, nos refazer e nos fortalecer. Assim, nesta edição da SMB, pretendemos despertar o olhar amoroso dos adultos para as “casinhas das infâncias” e um brincar que produz no coração das crianças o sentido de acolhimento e proteção, que é familiar, comunitário, intergeracional, popular, tradicional. O brincar que reflete a cultura das infâncias porque é ancestral, não se ensina, mas se repete de geração em geração e vive nas cantigas e histórias, nos objetos da casa, nos brinquedos inventados, na poesia distraída do cotidiano.
Valorizar a casinha, a casa e as tradições do brincar em família, das brincadeiras, cantigas e jogos lúdicos passados de geração em geração é a proposta desta SMB 2021. Com ela, entendemos as manifestações lúdicas do universo cultural das infâncias brasileiras como formas de cuidado e convivência, que podem curar e fortalecer a alma nesse momento de pandemia e turbulências.
O brincar que representa papéis sociais
Que tal desenvolver atividades que promovam uma reflexão leve e gentil sobre o exercício dos papéis sociais representados no brincar de casinha? Quando brinca, a criança acaba representando situações que testemunha nos espaços que frequenta, o que envolve, inclusive, definições sobre quem vai exercer cada papel dentro de casa e como o faz. Atividades neste sentido podem ser, inclusive, um bom momento para observar a si mesmo, o coletivo e reconstruir histórias.
O brincar que ressignifica espaços
Através do lúdico em toda sua espontaneidade, as crianças sempre criaram maneiras diferentes de se relacionar com os espaços e objetos da casa. Neste momento em que passamos mais tempo dentro dela, nos sentimos desafiados a tornar este espaço ainda mais interessante para ser explorado com alegria e segurança. E não precisa ser nada mirabolante: estes novos olhares lúdicos sobre a casa podem até mesmo colaborar com a reinvenção da vida e ajudar a fugir do monotonismo.
O brincar que resgata tradições
Todo brincar carrega consigo uma longa colcha de histórias e manifestações culturais e artísticas transmitidas pelo tempo através das infâncias. Saberes lúdicos – cantigas, histórias, cirandas, brinquedos – são passados de geração em geração, muitas vezes refletindo a maneira com que determinados grupos ou famílias brincavam em suas casas e quintais em certo momento de suas histórias ou locais de origem. A forma como se brinca com uma criança é, também, um reflexo de nossas memórias. E agora pode ser a hora de resgatar alguns destes momentos e deixar florescer o brincar que é intergeracional.
O brincar que envolve jogos simbólicos
Pelo brincar, a criança participa de jogos simbólicos que dão luz ao modo como assimilam a realidade. Assim, muitas vezes, o brincar se torna um exercício de representação de situações da vida com que a criança, por meio do faz de conta, experimenta papéis e externaliza suas vivências. São situações domésticas, socioculturais, familiares, entre outras, que permeiam este jogo. Durante a Semana Mundial do Brincar, propomos um olhar especial para os jogos simbólicos do brincar de casinha e sua relação com o desenvolvimento das crianças.
O brincar que encontra o belo
Quando brincam de casinha, as crianças organizam, enfeitam e embelezam suas criações. Se pelo brincar a criança vai descobrindo a sua maneira de se relacionar com o seu entorno, é também por esse brincar o caminho de encontrar a beleza do mundo e desenvolver suas referências de criar e estar no mundo de maneira propositiva. Com seu impulso natural de criar beleza e descobrir o que é belo aos olhos, a criança inventa novos mundos possíveis, distribui suas belezas e a valoriza suas formas e cores.
Sugestão de Caderno de Atividades para Casa
Semana Mundial do Brincar
Colaboração: EMEB Paulo Gonçalves de Mello
Sugestão de Caderno de Atividades para Casa
Semana Mundial do Brincar
Colaboração: EMEB Brígida Gatto Rodrigues